Cartilha Câncer de Mama - Vamos falar sobre isso?
Hoje, trazemos uma indicação de leitura rápida e muito informativa, que tem tudo a ver com o tema desse mês: a Cartilha do Câncer de Mama do Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva, o INCA.
O nome remete à cor do laço rosa, símbolo mundial na luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades. Este movimento teve início nos Estados Unidos, onde vários Estados tinham ações isoladas referentes ao câncer de mama e ou mamografia no mês de outubro, posteriormente com a aprovação do Congresso Americano o mês de Outubro se tornou o mês nacional (americano) de prevenção do câncer de mama.
Qual o objetivo do movimento?
O movimento tem como objetivo chamar atenção, diretamente, para a realidade atual do câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce.
Como eu posso participar?
Existem vários grupos ligados ao câncer de mama. Você pode procurar algum em sua cidade e se engajar na causa. Empresas e até residências aderem à campanha iluminando seus prédios/casas com a cor rosa. É bem simples, basta usar a técnica da sobreposição sobre a lâmpada. O meio mais fácil é usar “gelatina cenógrafa”, vendida em casas de som/iluminação e colocar na estrutura onde vai a lâmpada, dessa forma, a mesma emite um feixe de luz rosa iluminando toda a superfície.
Entenda o câncer de mama!
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação de células anormais da mama, que formam um tumor. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido enquanto outros são mais lentos.
Para o Brasil, em 2016, são esperados 57.960 casos novos de câncer de mama. É o Tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma, o câncer de mama responde por cerca de 25% dos casos novos a cada ano. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, esse tipo de câncer é o mais frequente nas mulheres das Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
Existe algum grupo de risco?
O câncer de mama não tem somente uma causa. A idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença (cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos). Outros fatores que aumentam o risco da doença são:
Fatores ambientais e comportamentais:
– Obesidade e sobrepeso após a menopausa;
– Sedentarismo (não fazer exercícios);
– Consumo de bebida alcoólica;
– Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X).
Fatores da história reprodutiva e hormonal:
– Primeira menstruação antes de 12 anos;
– Não ter tido filhos;
– Primeira gravidez após os 30 anos;
– Não ter amamentado;
– Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos;
– Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona);
– Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos.
Fatores genéticos e hereditários*:
– História familiar de câncer de ovário;
– Casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos;
– História familiar de câncer de mama em homens;
– Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.
*A mulher que possui um ou mais desses fatores genéticos/ hereditários é considerada com risco elevado para desenvolver câncer de mama.
Como prevenir?
Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como:
– Praticar atividade física regularmente;
– Alimentar-se de forma saudável;
– Manter o peso corporal adequado;
– Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
– Amamentar
Quais os sinais e sintomas?
É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem confortáveis (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.
Os principais sinais e sintomas do câncer de mama são:
– Caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor;
– Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
– Alterações no bico do peito (mamilo);
– Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;
– Saída espontânea de líquido dos mamilos.
As mulheres devem procurar imediatamente um serviço para avaliação diagnóstica ao identificarem alterações persistentes nas mamas. No entanto, tais alterações podem não ser câncer de mama.
Autoexame e detecção precoce!
O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim as chances de tratamento e cura. Todas as mulheres, independentemente da idade, devem fazer o autoexame para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. A maior parte dos cânceres de mama é descoberto pelas próprias mulheres. Também é recomendado que mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas.
Mulheres com risco elevado para câncer de mama devem conversar com seu médico para avaliação do risco para decidir a conduta a ser adotada.
Existe tratamento para câncer de mama, e o Ministério da Saúde oferece atendimento por meio do Sistema Único de Saúde, o SUS.